sábado, 24 de dezembro de 2011

UM CONTO DE NATAL

Olá, como estão?

Primeiramente, peço desculpas pelas poucas atualizações, foi um probleminha com a minha net. Mas agora já está resolvido.

Eu não poderia deixar de vir aqui no NR neste dia, Véspera de Natal.
Para hoje, eu fiz um post especial. É um conto de Natal – por isso o título, hahaha – mas com algumas palavrinhas também, sempre são válidas, nee?!

Bem, vou colocar o conto primeiro, depois um pequeno recado, okay?

UM CONTO DE NATAL

   A cidade inteira estava dormindo, toda iluminada com as luzes do natal, guirlandas de diversos tamanhos nas portas das casas, bonecos de neve, bonecos do Papai Noel entre outros enfeites do Natal. Mas em uma das casa, havia uma menininha em sua cama que ainda estava acordada esperando o momento certo para se levantar.
   O relógio mostrava que era meia-noite em ponto e foi nesse exato momento que ela ouviu um barulho que vinha do andar de baixo.
   Com um enorme sorriso no rosto ela não demorou em se levantar e sair do quarto. Do alto da escada ela podia ver que havia uma grande sombra na sala, que se mexia conforme as chamas acesas da lareira. Ela desceu mais alguns degraus e viu algo vermelho perto do pinheiro.
   O sorriso que dançava em seus pequenos lábios aumentou e ela desceu mais degraus, ficando quase no final da escada. E ali parada, naquele degrau, foi que ela viu que era uma pessoa vestida toda de vermelho e que estava fazendo as sombras na sua sala.
   Aquela estranha pessoas de vermelho estava colocando alguma coisa debaixo do pinheiro animadamente. Eufórica e contente a menininha desceu o restante de degraus e correu para a sala, ficando atrás daquela pessoa de vermelho.
   -Papai Noel?- A menininha perguntou sorrindo. Assustada a pessoa se virou, ficando de frente para aquela pequena criança sorridente. -É mesmo você Papai Noel!- Ela falou jogando os braços para cima em completa alegria.
   -Shhhh...- Ele disse colocando seu dedo em frente os lábios. -Assim você pode acordar os outros da casa.- Falou docemente.
   -Desculpe!- A menininha pediu abaixando os braços, mas ainda mantendo aquele sorriso nos lábios. -Mas é mesmo você nee, Papai Noel?!-
   -Sim, sou eu mesmo!- Ele respondeu sorrindo. A menininha estava maravilhada, por que ele era exatamente como haviam lhe contado, vestia-se todo de vermelho, tinha uma barba grande e branquinha como a neve, usava um gorro também vermelho, botas pretas e carregava consigo o seu famoso saco de presentes.
   -Você veio trazer presentes?- A menininha não hesitou em perguntar.
   -Você foi uma menina comportada durante o ano?- Ele perguntou abaixando-se um pouco e a olhando por cima dos óculos.
   -Sim!- Ela respondeu sorrindo amplamente. Papai Noel mexeu no seu saco, como que procurando algo e sorriu quando seus dedos enluvados tocaram algo dentro do saco.
   -Então aqui está o seu presente, Alícia!- Ele falou puxando sua mão de volta e entregando para ela uma caixa. A caixa não era nem grande, nem pequena, o papel de embrulho era rosa, com uma grande laço azul. Ela pegou a caixa cuidadosamente, segurando com suas pequenas mãozinhas, olhando com admiração para o presente, quando voltou a olhar para o Papai Noel, ele não estava mais à sua frente, Alícia olhou em volta e o viu em frente da Lareira.
   -Você vai se queimar, Papai Noel!- Ela falou correndo para perto dele, que apenas se virou e sorriu para Alícia. E como num passe de mágica seu cajado apareceu na sua mão, então Papai Noel o tocou três vezes no chão, fazendo com que o fogo que dançava fervorosamente na lareira desaparecesse.
   -Até algum dia, Alícia!- Papai Noel falou sorrindo para ela quando entrou na lareira e logo em seguida se transformou em pequenos brilhos de todas as cores já vistas e até de cores nunca vistas, subindo pela chaminé.
   -Obrigada, Papai Noel!- Alícia gritou para dentro da chaminé. Ainda com esperança de vê-lo em seu trenó, ela correu até a janela mais próxima.
   E lá no alto do céu, ela viu Papai Noel voando em seu trenó, que era puxado por suas renas e à frente delas estava a Rudolf, a famosa Rena do Nariz Vermelho.
   -Não há de quê! Hou Hou Hou!- Alícia ouviu Papai Noel falando.

   Alícia abriu os olhos e olhou a sua volta, vendo que estava no seu quarto, na sua cama, nada de diferente.
   -Foi apenas um sonho...- Falou para si mesma.
   Olhou para o relógio ao seu lado e viu que eram três horas apenas, então ela fechou os olhos tentando dormir novamente, mas não conseguiu. Sem mais o que fazer levantou da cama e saiu do quarto, indo para a cozinha. Ela preparou um rápido chocolate quente e voltou para seu quarto.
   Ao invés de ir para cama, ela foi até a janela e se sentou no pequeno sofá que ali tinha e ficou olhando para a rua. Todas as casas enfeitadas com luzes de todas as cores e muitos enfeites natalinos, como no seu sonho. Faltava alguns dias apenas para o Natal e ela sempre tinha o mesmo sonho naquela época do ano, se repetindo nos mínimos detalhes, desde aquele dia, de quando ela tinha cinco anos.
   Lentamente flocos de neve começaram a cair graciosamente flutuando até o chão e Alícia estava perdida em seus pensamentos, lembrando do sonho e do Papai Noel, até que despertou com o toque de seu celular. Se levantou para pegá-lo e ver quem a estava ligando naquela hora da madrugada.
   -Oi!- Falou quando atendeu, felizmente era alguém que conhecia.
   -Como você está?- Falou a voz do outro lado.
   -Estou bem, por que?- Alícia perguntou sorrindo um pouco por causa do tom preocupara de Velkan, seu namorado.
   -Nada de mais...- Velkan respondeu, já sem o tom preocupado.
   -Por que você tá me ligando as três da madrugada, você está bem?- Alícia perguntou, estranhando a repentina ligação dele.
   -Apenas tive um pressentimento, só isso!- Ele respondeu. -Mas por que você está acordada a essa hora?-
   -Acordei depois de um Sonho...- Alícia falou com um meio sorriso.
   -Que sonho?- Velkan perguntou curioso.
   -O mesmo sonho de sempre!- Alícia respondeu calmamente.
   -Talvez eu pressenti que fosse isso...- Velkan respondeu com um tom divertido na voz.
   -Eu sei, eu sei, você tem dessas coisas...- Ela respondeu sorrindo.
   Os dois falaram por mais algum tempo, depois Alícia foi dormir novamente, pois conversar com Velkan sempre a acalmava e seu sono havia voltado.

   Alguns dias haviam se passado desde aquela noite e já era Véspera de Natal.
   Alícia estava na casa de Velkan, que na opinião dela era a casa mais decorada da cidade inteira, talvez do mundo. A decoração era impecável, desde a grande guirlanda na porta. Passando pelos enfites no corrimão da escada, as cortinas com cores natalinas, as meias sobre a lareira e chegando no ornamento mais majestoso da casa de Velkas, o grande pinheiro na sala. Ele quase alcançava o teto, com bolinhas de todas as cores e brilhantes, alguns enfeites imitando flocos de neve brilhavam por causa da luz bruxuleante da lareira. Os laços vermelhos nas pontas dos galhos eram delicados, pareciam ter feitos por pequenas e talentosas mãos. E no topo havia uma grande estrela dourada e brilhante. Alícia não sabia dizer se era por causa da lareira ou por causa de todo aquele ar natalino que sentia dentro do seu ser, que a estrela tinha aquele estranho brilho, ela brilhava como as estrelas no céu.
   -O que foi?- Velkan perguntou ao seu lado.
   -Nada, nada...- Alícia respondeu sorrindo, ainda olhando para o grande pinheiro todo enfeitado e para aquela estrela em seu topo.
   -Você não parou de olhar para as coisas desde que chegou.- Velkan falou de forma divertida. -Até parece que você nunca viu um pinheiro de Natal...-
   -É que...- Alícia começou a falar, colocando os cotovelos sobre os joelhos e apoiou o queixo nas mãos de forma quase infantil.
   -É que o que?- Velkan perguntou afagando seus cabelos, no topo da cabeça.
-... Sua casa está tão linda!- Alícia respondeu virando o rosto e encarando Velkan, mostrando um sorriso bobo nos lábios. -E tem uma atmosfera mágica, também!- Velkan riu levemente quando ela falou isso.
   -Quem sabe temos sorte e vemos o Papai Noel, hum?!- Velkan falou sorrindo, mas não era um sorriso qualquer, tinham um ar enigmático nele e Alícia percebeu isso...
   -Não tem graça!- Alícia falou transformando seu sorriso num beicinho e virando o rosto.
   -Mas eu estou falando sério!- Velkan falou ao pé de seu ouvido. Alícia olhou novamente para ele pois sentiu o tom sério que se escondia no seu falso divertimento. -Eu vou preparar um chocolate quente, okay?!- Velkan falou em seguida, dando-lhe um rápido beijo nos lábios antes de se levantar e ir para a cozinha.
   Alícia ficou ali sentada no sofá olhando para o pinheiro. Ela também havia enfeitado sua, mas a casa de Velkan tinha essa atmosfera mágica, como se fosse de outro lugar e era tão confortante para ela.
   Ela ficou tão absorta com as luzinhas piscando que não percebeu o tempo passar e que Velkan não havia voltado. Quando percebeu isso, achou estranho e foi atrás dele na cozinha, mas ele não estava lá e nem sinal de que tinha estado lá.
   -Velkan?- Alícia chamou, mas não houve resposta. Ela voltou para a sala, mas ele não estava lá. Alícia olhou para a escada e decidiu subir. -Quem sabe ele está lá em cima...- Falou para si mesma.
   Para sua surpresa o andar de cima também estava todo enfeitado.
   -Velkan?- Alícia chamou mais uma vez e mais uma vez não houve resposta. Ela andou pelo corredor o chamando, mas sem uma resposta sequer dele, parecia que ele havia ido embora...
   Alícia virou em uma esquina e viu um corredor curto com uma escada e no final dela uma única porta. Mas o que mais chamou sua atenção foi a grande guirlanda posta nela, tão mais linda quanto a da porta da frente.
   Sua curiosidade foi maior e ela subiu a escada, parando em frente àquela misteriosa porta, quando Alícia passou um rápido olhar pela maçaneta, tão detalhada, pareceu ter brilhado. E não segurando mais a curiosidade ela abriu a porta.
   -Parece que não tem nada aqui...- Alícia falou para a escuridão que envolvia aquele cômodo. Ela passou a mão na parece ao seu lado, por dentro, procurando um interruptor ou algo assim, mas seus dedos tatearam apenas o liso da parede. -Talvez tenha um abajur aqui dentro ou algo parecido...- Ela falou para si mesma e deu um passo para dentro do quarto, deixando a porta aberta para ter algum tipo de luz. Mas no momento em que estava totalmente dentro daquele quarto a porta se fechou com um baque seco.
   Assustada, Alícia se virou e tateou o que estava à sua frente até seus dedos encontrarem a maçaneta novamente e quando a encontrou tentou abrí-la, mas estava trancada. Bateu algumas vezes na porta, chamou por Velkan e como antes não houve resposta.
   Em meio ao seus pequeno desespero de ter ficado trancada ali e não ter encontrado Velkan, ela sentiu uma leve briza gélida soprar em suas costas. No mesmo instante ela se virou e o que estava diante dela a deixou mais surpresa do que qualquer outra coisa.
   Era quase tudo branco. Apenas o verde dos pinheiros e o marrom de algumas outras árvores se destacavam ali naquele cenário do puro branco da neve.
   Sem saber o que pensar direito, ela procurou o apoio da porta, mas caiu de bunda no chão. Rapidamente, Alícia olhou para trás e viu que a porta não estava mais ali. Olhou em volta e o que via era apenas mais pinheiros, como o que estava na sala de Velkan e alguns até maiores e tão frondosos, algumas outras árvores e o céu noturno era o mais lindo que já havia visto. A Aurora Boreal era tão nítida, com suas cores ondulando no céu azul escuro. As estrelas eram muito mais brilhantes das que estava acostumada a ver e pareciam estar tão perto, quase como se ela pudesse pegá-las.
   Alícia ouviu um suave farfalhar que parecia vir da sua frente, mas quando olhou não viu nada. Até que percebeu pegadas no chão que seguiam em frente e estavam vindo de onde ela estava. Sem pensar duas vezes ela começou a seguir as pegadas, algumas já apagadas pela neve, outras bem visíveis.
   Continuou caminhando para onde as pegadas a levavam e era para uma clareira em meio aos pinheiros. E de longe ela já avistou uma graciosa cabana, bem no meio daquela clareira. De sua chaminé saia uma fumaça, que subia bem alto no céu. Mas não era uma fumaça cinza ou branca, ela intercalava as cores do Arco-Íris de uma forma sútil e bonita.
   Não mais seguindo as pegadas, Alícia foi direto em direção à cabana e quando chegou em frente a ela ficou olhando-a admirada. Para sua surpresa naquele lugar, que ela nem sabia onde era, também era Natal, pois na porta havia uma guirlanda com lindos laços vermelho a enfeitando.
   Alícia ouviu novamente o mesmo leve farfalhar e olhou rapidamente para a direção de onde vinha. Desta vez, ela conseguiu ver alguma coisa, mas apenas a parte de trás de animal. No entanto, ela não saberia dizer qual animal era. Parecia-se com um cervo ou algo assim.
   O que chamou sua atenção em seguida foi a porta da cabana se abrindo, como que a convidando para entrar e aceitando o pedido, Alícia passou lentamente pela porta, entrando na cabana.
   -Olá!- Ela falou andando devagar e olhando para os lados. A cabana lembrava um pouco a casa de Velkan. E todo aquele lugar tinha a mesma atmosfera Mágica.
   -Feche a porta, por favor!- Alícia ouviu alguém dizendo, a voz lhe soou muito familiar, mas não sabia a quem pertencia e nem viu alguém por ali.
   -Okay!- Ela falou, fechando a porta em seguida. A voz não lhe disse mais nada e curiosa, Alícia foi até onde parecia ser uma sala, que estava toda enfeitada e havia um pinheiro igual ao que Velkan tinha em sua sala.
   -Chegue mais perto!- A voz lhe falou novamente. Nesse momento Alícia correu seu olhar para um ponto ao lado do pinheiro, onde havia uma cadeira de balanço em madeira escura, coberta com uma aconchegante colcha vermelha e verde. Mas não foi isso que a deixou levemente desnorteada e sim quem estava sentado naquela cabeira.
   -Pa-pai... Noel...- Alícia balbuciou quando o viu ali, sentado na cadeira de balanço e lhe sorrindo docemente. -É você mesmo?!-
   -Sim, sou eu mesmo, Alícia!- Papai Noel respondeu com uma leve risada. Essas palavras causaram uma sensação de Dejá Vu em Alícia. E sem que ela percebesse, algumas lágrimas começaram a rolar por suas bochechas rosadas. -Que isso criança, não chore!- Papai Noel falou ao se levantar e ir até Alícia, que o abraçou com força.
   -Eu sempre soube que... que foi tudo verdade... o que aconteceu naquela noite!- Alícia falou com alegria.
   -Sim, eu sei!- Papai Noel disse afagando seus cabelos. -E eu disse que nos veríamos outra vez!- Disse olhando para Alícia sobre os óculos e sorrindo.
   -Eu lembro, perfeitamente!- Alícia respondeu com o mesmo sorriso que tinha quando viu Papai Noel pela primeira vez.
   -Chocolate quente?- Alícia ouviu alguém atrás dela falando e segurando uma caneca na sua frente. Ela se virou para confirmar suas suspeitas.
   -Velkan?!- Alícia falou surpresa quando viu que era ele mesmo.
   -Sim?- Velkan respondeu sorrindo ainda segurando a caneca para ela e bebendo um gole da sua própria. Alícia olhou mais atentamente para ele e tinha algo de diferente, suas roupas eram as mesmas, seus cabelos estavam igualmente pretos como a noite, o mesmo sorriso, os mesmos olhos verde folha...
   -O que foi?- Velkan perguntou percebendo que ela o olhava sem parar.
   -Suas orelhas... elas estão pontudas!- Alícia falou, levando uma das mãos até a orelha esquerda de Velkan e mexendo nela. -Como isso?!- Ela perguntou o olhando nos olhos.
   -Acho melhor sentarmos, por que eu sei que essa não é sua única pergunta, nee?!- Velkan falou lhe oferecendo novamente a caneca de chocolate quente, que Alícia deu atenção, finalmente, e a pegou. Ela bebeu um gole, saboreando o gosto do chocolate com leite.
   Velkan sentou-se no sofá e bateu levemente no lugar ao seu lado, dizendo para Alícia se sentar ali com ele.
   Ela ficou quieta, tomando seu chocolate quente e olhando as coisas a sua volta, não acreditando que estava mesmo ali, com Velkan e com Papai Noel, ela não sabia por onde começar as perguntas, mas tinha uma em especial que rondava sua mente.
   -Como você conhece o Papai Noel?- Alícia perguntou olhando de Velkan para Papai Noel e de volta para Velkan.
   -Velkan foi meu ajudante por um tempo!- Papai Noel respondeu rindo levemente.
   -Sério?!- Alícia perguntou sorrindo amplamente e olhando para Velkan.
   -Sim!- Velkan respondeu lhe sorrindo levemente.
   -Um ajudante muito levado, não é mesmo?!- Papai Noel falou olhando para Velkan.
   -Curioso, seria a palavra certa.- Velkan respondeu.
   -Por que isso?- Alícia perguntou Curiosamente.
   -Velkan tinha a péssima mania de querer ver como eram as casas, então ele andava por todos os cômodos.- Papai Noel falou sorrindo.
   -E se alguém te visse?!- Alícia falou olhando para Velkan.
   -Falei isso para ele inúmeras vezes...- Papai Noel falou rindo levemente.
   -Mas...- Alícia falou pensativa.
   -Mas o que?- Velkan perguntou olhando mais atentamente para ela.
   -Eu não vi você naquela noite...- Ela respondeu o olhando.
   -Hahaha, isso por que quando ele quebrou o vaso, saiu correndo.- Papai Noel falou rindo.
   -Então foi você que eu ouvi...- Alícia disse surpresa.

     Flashback
   Papai Noel entrou pela chaminé e Velkan desceu logo em seguida, olhando para tudo a sua volta. Ficou tão maravilhado com a decoração tão bem posta e em harmonia.
   Enquanto Papai Noel foi até o pinheiro e colocou alguns presentes sob este.
   -Uau...- Velkan falou quando olhou para o pinheiro muito bem decorado. Ele não estava acostumado a ver tantas casas humanas tão bem decoradas, mas naquela em especial, era possível sentir a Magia do Natal.
   Ele foi caminhando lentamente para trás olhando à sua volta, até que bateu em algo e em seguida um barulho de algo quebrando foi ouvido.
   -Velkan, o que eu disse sobre...- Papai Noel estava dizendo, mas quando se virou para onde Velkan estava não o viu mais. Rindo, Papai Noel voltou a colocar os presentes embaixo do pinheiro.
   -Papai Noel?- Ele ouviu alguém o chamando. Assustado, olhou rapidamente para trás e viu uma menininha sorrindo.
   Do lado de fora, Velkan observava tudo o que estava acontecendo e ficou encantado com o sorriso que a menininha dava enquanto falava com Papai Noel, que prometeu a si mesmo que voltaria.
     Final Fashback

   -Por isso que você sempre acreditou em mim?!- Alícia falou sorrindo.
   -Claro!- Velkan respondeu mostrando um meio sorriso encantador. -E todos os anos que se seguiram eu ia com Noel até sua casa, mas sempre cuidado para não quebrar outro vaso...- Ele completou rindo.
   -Outras... outras crianças já viram o senhor, Papai Noel?- Alícia perguntou, olhando para Papai Noel agora.
   -Muitas Crianças já me viram, sim.- Papai Noel respondeu sorrindo.
   -Então por que dizem que o senhor não existe?- Alícia perguntou.
   -Por que, minha criança, algumas perderam a Magia do Natal em seus corações.- Papai Noel respondeu. -Mas só por que algumas não acreditam, não quer dizer que eu não exista!- Ele completou olhando para Alícia por cima dos óculos, com um sorriso divertido dançando em seus lábios. E nos lábios de Alícia dançava o mesmo sorriso infantil de quando tinha cinco anos.
   O relógio pendurado em uma das paredes bateu meia-noite, Papai Noel se levantou da cadeira de balanço e ajeitou o gorro na cabeça.
   -Está na minha hora, crianças!- Ele falou indo até a porta. Alícia e Velkan o seguiram. E parado em frente a cabana, Papai Noel assoviou e em seguida, vindo pelo lindo céu, Alícia viu o trenó dele, parando bem em frente da cabana depois.
   Papai Noel, antes de subir no seu trenó, mexeu no grande saco vermelho que estava ali e de dentro dele tirou uma pequena caixa, embrulhada em uma papel rosa e um delicado laço azul e a entregou para Alícia.
   -Feliz Natal!- Papai Noel falou sorrindo para ela. Alícia não conseguia se conter de tanta alegria. Ela ficou olhando para a caixinha nas suas mãos, a mesma cor de embrulho e a mesma cor de laço, daquela noite. Quando ela olhou para cima, para agradecer ao Papai Noel, ele já estava em seu trenó, levantando vôo.
   -Obrigada e Feliz Natal!!!- Alícia gritou acenando para ele.
   -Não há de que!- Papai Noel falou, já no céu com seu trenó. -Até o ano que vem, Alícia! Hou Hou Hou!- Papai Noel gritou antes de voar rapidamente pelo céu. Alícia continuou sorrindo e olhando para o céu, até que Velkan lhe chamou a atenção.
   -Vamos para dentro, está frio aqui fora, vem!- Ele falou puxando levemente Alícia para dentro.

   Os dois ficaram sentados no Sofá, desfrutando a presença um do outro, Alícia agora com seu presente no pescoço, por que era uma delicada correntinha de prata e como pingente, uma Flor de Visco.
   Aquele havia sido o Natal mais Mágico que já vivera e ela sabia que era apenas um dos muitos que viriam pela frente, ao lado de Velkan e Papai Noel, naquele lugar Mágico.






Espero que tenham gostado. Eu o tinha escrito ano passo, mas decidi posta apenas esse ano. Dei uma revisada nele, mudei algumas coisa e ficou assim, hahaha.
Esse conto tem um pouco haver com o meu recado, pois fala da Magia e Essência da Noite de Natal.

Acho que conforme os anos passam, algumas pessoas amadurecem de uma forma ríspida de mais, deixando seu coração indiferente para datas como Natal. Deixando de acreditar na verdadeira Magia do Natal.
Para alguns, o Natal é o nascimento de uma criança abençoada, mas o que ás vezes esquecemos é que não é apenas neste dia que ela foi “abençoada”. Durante toda a sua vida foi alguém que viveu em harmonia, generosidade e humildade. Muitas vezes esquecemos disso e deixamos essas qualidades florescem apenas na noite de Natal, isso nos torna cínicos. O que fazemos durante os outros 364 (ou 365, no caso de ano bissexto, hahaha) dias do ano?
Para outras pessoa, uma noite como o Natal representa o nascimento de um ser brilhante, que vem para iluminar os dias sombrios do Inverno, fertilizando a terra para uma próspera Primavera. Se este ser vem para iluminar as nossas vidas, por que não podemos dar um pequeno raio de luz para outros?!
Ao meu ver, o Natal é uma data que mostra como deveríamos agir, sendo um momento para renovar nossas ações, não apenas para prestá-las por àquela única noite do ano.

Por isso, abrace de verdade as pessoas que ama, deixe seu coração tocar o delas – quando abraçamos alguém nossos corações se tocam – . Diga verdadeiramente que lhes deseja um Feliz Natal, deixe sua voz interior falar.

Eu não posso abraçar alguns de vocês – questões de distância, hahaha – mas é a voz do meu coração que está desejando um Feliz Natal. Que vocês possam ser felizes cada momento de suas vidas e que se derramarem lágrimas, que sejam de felicidade.


Vou deixar aqui um clipe de uma música que trás em si essa Magia. E que me inspirou para escrever este conto.

KAT-TUN - WHITE X'MAS


FELIZ NATAL!
MERRY XMAS!
MERI KURISUMASU!


Até mais!!!
Bjus =***

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